sexta-feira, 5 de outubro de 2007

O amor de um "ele"


Sozinho a meio da imensidão azul ele vai pensando naquela que o faz feliz. Vai chorando os momentos que passou e desejando que a saudade seja morta e volte a poder abraçá-la. Olhando o horizonte e fechando os olhos com um sorriso, busca todas as recordações que tem, recorda todos os traços da sua cara, tentando descodificar o olhar que ainda vê, profundo e sincero vindo de grandes e expressivos olhos castanhos (sim, vulgares, mas diferentes de todos os outros a seu ver). Respira fundo, leva a mão ao peito e toca ligeiramente na água. Ao fazê-lo lembra o toque suave no corpo da rapariga que o enfeitiçou, quando pela primeira vez a pediu para dançar o slow e ela deslizou por entre os seus abraços e a dança que os uniu tão fortemente. Chama o seu nome levemente, que sobrevoa por entre o ar dos céus e desaparece com um eco pequeno. Apoiando-se na crença do destino, acredita que chegará aos ouvidos dela o facto de ele a amar incondicionalmente e o fim da história acabar num final feliz.



Escrito a Novembro de 2006

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